sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Músicas que falam de Amores Platônicos

Lá estava eu e uma amiga querida num barzinho, batendo papo quando entramos num assunto meio filosófico sobre “amores platônicos”. Entre um chopp e outro, decidimos que deveríamos fazer uma dobradinha: falar de amores platônicos como tema de músicas e filmes para nossos blogs. Muito bem, comecei a pensar... e rapidamente vi que existem muitas opções de músicas que abordam o tema. Certamente um assunto frequente na vida de artistas, por ser tão inspirador, afinal, um amor que nunca acontece pode ser muito mais facilmente romantizado, idealizado... 

Acho que antes de nos apaixonar de verdade todos nós nos apaixonamos platonicamente em algum momento da vida... quando crianças temos paixonitezinhas inacessíveis por professores, na adolescência são por ídolos da música (e foi assim que comecei a gostar de Michael Jackson, admito, rs), ou pelos meninos mais velhos do colégio, e assim vai.
Amores inatingíveis com frequência geram as mais belas histórias, e mexem fortemente com nossas emoções...talvez todo ser humano precise sonhar um pouco com coisas que nunca serão para poder dar vazão ao imaginário, às belas ilusões que sabemos que não serão vividas. É um pouco como sonhar. Ou talvez precisemos sofrer com paixões platônicas para então saber dar valor ao que é real...   


Confira uma listinha com 5 músicas lindas que tratam de algumas das facetas do tema "amor platônico":



Amor sonhador e platônico - The Temptations: Just My Imagination (Running Away With Me).
A música é um dos grandes sucessos do grupo de Soul music The Temptations. Foi gravada pela Motown em 1971. A canção fala do amor por uma mulher que passa todos os dias pela frente da casa de um homem, e os sonhos que ele tem de ter uma vida a dois, casamento, filhos, uma casinha com essa mulher que na realidade nem sequer conhece ele... tadinho!


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Casamento platônico: Ain´t no sunshine, Bill Withers
Lançada em 1971, é um Soul sofrido: na letra o cantor fala que "o sol não brilha quando ela vai embora", que ela "está sempre tão distante", que ela "está partindo"... e ele se pergunta se ela "se foi pra sempre". No final, menciona que “essa casa não é um lar”, dando a entender que trata-se de um casamento que praticamente não existe pela eterna ausência da mulher.
Confira a música na voz lindíssima de Michael Jackson, que gravou a música com os Jackson 5 em 1972!

 


Amor possessivo platônico: Every Breath you take, The Police 
Música de 1983, escrita por Sting e ganhadora de um grammy de melhor canção, a letra fala que a cada passo que a pessoa amada der (a cada suspiro, a cada movimento...etc), ela estará sendo observada pelo amante, e que ela pertence a ele. A letra dá a entender que já existiu uma relação entre o casal, mas que acabou, e que o amante não consegue aceitar e por isso continua perseguindo esse amor, seja fisicamente, seja apenas no campo das idéias. 



O Amor Platônico Correspondido: Hello – Lionel Ritchie
A música de 1984 fala de um amor que ainda não foi declarado,e portanto ainda platônico... O hit romântico de Lionel Ritchie que embalou festinhas americanas, começa falando “Eu tenho estado sozinho com você dentro da minha mente, e nos meus sonhos eu beijei seus lábios mil vezes” e depois sugere que a pessoa amada também está sonhando com ele, procurando por ele, num amor platônico correspondido...






O amor mais platônico de todos os tempos: Apenas mais uma de amor, Lulu Santos (1992)Acho que o Lulu conseguiu fazer a música com a letra mais puramente platônica dessa seleção...
“Eu gosto tanto de você que até prefiro esconder...”
“Eu acho tão bonito isso de ser abstrato baby...”
“é uma idéia que existe na cabeça e não tem a menor pretensão de acontecer”...
E aí você se pergunta, mas pra que serve esse tipo de amor, esse tipo de sentimento que nunca será vivido? Lulu Santos se preocupou em responder isso na própria música: “Pode até parecer fraqueza, pois que seja fraqueza então... a alegria que me dá, isso vai sem eu dizer.... se amanhã não for nada disso, caberá só a mim esquecer... o que eu ganho, o que eu perco? Ninguém precisa saber” Então tá né! 


Gostou do post e do assunto? Então saiba um pouquinho sobre belos filmes com amores platônicos no blog da minha amiga Haline: http://somdaletrah.wordpress.com/2013/09/05/ah-o-amor-platonico/

sexta-feira, 5 de julho de 2013

Tears For Fears

Hoje o post é sobre Tears for Fears, banda inglesa de new wave, rock e pop, formada em 1981 pelos amigos Roland Orzabal e Curt Smith. O nome da banda foi inspirado na “Terapia Primal”, um tipo de terapia criada nos anos 60 e que ficou famosa depois de John Lennon ter sido um dos pacientes. Usada para tratar neuroses, nessa terapia sugere-se que o paciente reviva a cena primal - que causou a neurose – e daí vem o nome Tears For Fears, que sugere a troca dos medos por lágrimas, para resolver a tal neurose!  
Lançaram seu primeiro disco em 1983, com as canções Pale Shelter, Change, Mad World, que fizeram bastante sucesso no Reino Unido. Esse álbum é considerado mais profundo, um “álbum conceito”, pois em todas as letras das músicas é possível perceber referências à tristezas e traumas emocionais – ou seja, foi uma verdadeira "Terapia Primal", pois eles reviveram os traumas nas músicas (diversas vezes, e revivem até hoje em suas turnês, hahahaha).
Mas o sucesso mundial veio mesmo com o lançamento do segundo disco “Songs from the Big Chair”, em 1986, com as canções Everybody Wants to Rule the World, Shout, Head Over Heals. O nome do álbum também faz referência ao psicológico, pois a “big chair” em questão é a cadeira do analista...
Em 1989 o grupo lançou seu terceiro álbum. Agora, menos traumadizadinhos (rs rs), batizaram o disco de "The Seeds of Love", com os hits "Sowing the Seeds of Love", "Woman in Chains (Phill Collins foi o baterista da música), "Advice for The Young at Heart".  
Os amigos formadores da banda se separaram em 1991, mas Orzabal continuou com a banda: lançou mais singles e a greatest hits collection. Em 1993 veio o álbum Elemental, com o sucesso “Break It Down Again”, e em 1995 outro álbum que não obteve muito sucesso.
No ano 2000 os amigos Orzabal e Smith se reuniram novamente para lançar “Everybody Loves a Happy Ending (2005)”
Os dois continuam a trabalhar junto esporadicamente em turnês da banda Tears For Fears. Em 2013 se reuniram para criar novas canções!

Segue abaixo minhas duas favoritas:

Everybody Wants To Rule The World, que segundo Smith é uma canção com um conceito bem sério já que trata do desejo pelo poder, sobre guerra e a miséria que ela causa.

Pale Shelter, que segundo o grupo é uma canção que se refere ao amor, principalmente aquele nutrido pelos pais e não tanto por uma mulher.


terça-feira, 30 de abril de 2013

Whitesnake - Is This Love

Blog querido, que saudades de você! Vamos ao primeiro post do ano (antes tarde do que mais tarde, rs rs).
A música hoje é “Is This Love”, de 1987, da banda de hard rock britânica Whitesnake. A canção é mais uma da lista das melhores baladinhas românticas, que quase sempre acabam vindo de bandas de rock. Além de trilha sonora de novela (Brega & Chique - nossa, eu lembro...), estou certa de que essa canção embalou romances e sonhos de adolescentes românticas... rs
O vocalista David Coverdale criou a banda Whitesnake em 1976, logo após o término da banda Deep Purple. Lançou o primeiro disco de sucesso em 1978, tiveram vários sucessos, inclusive se apresentaram no Rock In Rio de 1985. Porém a música que estourou mesmo nas paradas, depois de "Here I Go Again", foi a que deu nome ao álbum de 1987, “Is This Love”, escrita por David C. e John Sykes. A canção havia sido escrita para a cantora Tina Turner (de quem certamente ainda irei falar nesse blog!), mas acabou sendo um big hit mesmo na voz e som de Whitesnake – bom negócio para eles. 
Outros big hits da banda foram "The Deeper the Love, Now You´re Gone, Love Ain´t No Stranger, Guilty Of Love e Slow and Easy", sempre com temas de amor.
O clipe da música Is This Love foi feito com a então namorada de David C., a atriz Tawny Kitaen (de seriados como Surreal Life e Hercules: The Legendary Journeys – aliás essa séria era muito boa!). Clipe totalmente anos oitentão, com direito a cabeleiras, ombreiras, caras e bocas e fumaças, numa aura de mistério, encontros e abandonos.